Como os Cristãos Devem se Relacionar às Artes?


Shai Linne – Músico, pastor em treinamento na Igreja Batista Capitol Hill

Eu ofereceria duas categorias: Uma seria ARTE PARA A IGREJA  e a outra seria ARTE DA IGREJA.

Então, ARTE PARA A IGREJA seria aquilo que suporta, ajuda, aponta para o ministério da oração e da Palavra. É tudo que podemos ver em um culto típico de igreja. Do tocar do piano, do canto, àquilo que vemos no edifício, essas decisões estéticas que foram tomadas. Todas essas coisas nesse contexto da adoração. As decisões artísticas devem ser um suporte e não uma distração da oração e da palavra de Deus.

A outra categoria seria a ARTE DA IGREJA, ou seja, o artista cristão habilidoso e treinado saindo para o mundo para ser sal e luz para atuar, para ser representante de Cristo naquela esfera particular de arte, seja ela teatro, balé, música ou artes visuais. Seja qual for o caso, é o artista cristão servindo vocacionalmente no mundo. E, de novo, isso aponta para a necessidade de Cristãos em qualquer área da vida.

Então, para o artista cristão que faz ARTE DA IGREJA, sua arte não necessariamente precisa ser cristocêntrica ou ter uma mensagem evangélica explícita. Por exemplo, o arquiteto cristão não precisa gravar João 3:16 nos seus designs para que glorifiquem a Deus. Mas o artista cristão que está fora, no mundo, atuando em ambientes seculares está dando glórias a Deus da mesma forma como os céus proclamam a glória de Deus sem terem João 3:16 escritos nas nuvens. Concluímos então que os dois são necessários.
Frequentemente esses dois lados lutam entre si. O artista cristão que faz ARTE PARA A IGREJA olha para o cara que faz ARTE DA IGREJA  e diz: “Espere aí! Você está se vendendo! Não está sendo fiel ao Evangelho”. E o artista cristão que faz ARTE DA IGREJA olha para o cara que faz arte cristã PARA A IGREJA  e diz: “Você nem está alcançando o mundo! Está escondido nessa esfera de santidade aí!” Então, em vez de lutar um com o outro, acho que devemos sustentar um ao outro. E Deus é glorificado em ambos.

Falta Qualidade

Temos um campo vasto quando se trata da qualidade da arte e música cristã. E a crítica, que eu acho uma crítica justa, é que geralmente a música e a arte cristã são ruins. Não há qualidade, não são bem feitas. Eu adoraria poder dizer que isso não é verdade mas é, de um ponto de vista estético. Acho que há várias razões para isso. Um dos motivos é que, seja qual for o motivo do padrão do artista cristão ser mais baixo, se alguém acha que ele tem um talento ou habilidade, em música por exemplo, as pessoas gentis da igreja não querem desencorajá-la, querem encorajá-la no que esta pessoa está fazendo. O que acontece é que isso a tira da crítica. O problema é que existe uma falha em criticar apropriadamente.

Falta criatividade – cópia exagerada da música secular

Existe um desejo de copiar o que é popular nas áreas seculares. Então frequentemente se encontra essa versão cristã do que estiver popular no secular. Se você olhar ao longo do tempo, ouviria coisas do tipo: “Se você gosta dos Backstreet Boys, você vai adorar os Bible Boys (só exemplificando). Espero que não existam os Bible Boys. Sem ofensa Bible Boys...rs
Na verdade eu não gosto dos Backstreet Boys, mas deixando isso de lado...NÃO! NÃO DEVEMOS SEGUIR ESTE CAMINHO. Deus é um Deus de criatividade e originalidade e nós, como crentes que tem a verdade, deveríamos estar fazendo as maiores obras de arte! Eu  gostaria que pudéssemos voltar aos dias de Back ou outros caras que realmente estavam criando e sendo uma voz de mudança cultural ao invés de meramente ser uma voz de conformismo cultural.

PRECISAMOS DE AJUDA. SENHOR AJUDA-NOS. 





2 comentários:

  1. Anônimo6:41 PM

    Esse site
    esclareceu minhas duvidas... Agora sei que trabalhar artística no mundo não significa pertencer a ele

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    1. Sim brother. Profissão e ministério são duas coisas bem diferentes.

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